Como definir o preço dos produtos da sua loja

20 de março de 2023
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Saber como definir o preço dos produtos da sua loja é um dos maiores desafios, especialmente para as pequenas e médias empresas, que por não contarem com escalabilidade, podem ter dificuldades em manter o negócio lucrativo.

Precificar produtos é um assunto sério e um dos mais importantes quando falamos em manter o negócio lucrativo e rentável. Por isso, essa conta jamais deve ser feita “de cabeça” ou então, definir preços de maneira aleatória. Há uma série de variáveis que devem ser consideradas, além de ter pleno conhecimento sobre os custos envolvidos na produção.

Por isso, continue a leitura para entender a importância de precificar corretamente, além de passos importantes para definir o preço dos produtos da sua loja.

Qual a importância da precificação?

A precificação é um dos pilares fundamentais para o funcionamento dos negócios. Afinal, uma precificação correta é responsável por garantir o retorno sobre os investimentos e manter o negócio sustentável. Porém, mais do que conseguir pagar as contas, um negócio deve ser lucrativo e, para a maioria dos empreendedores, há o grande desejo de crescer e tornar suas atividades escalonáveis.

Esse desejo só pode ser realizado se há uma precificação correta, considerando as variáveis envolvidas no processo e com uma margem de lucro realmente vantajosa.

A precificação também é importante para manter um fluxo de caixa ativo. Afinal, praticar preços muito diferentes da concorrência faz com que seus clientes deixem de procurar os seus produtos. Por isso, não basta apenas precificar visando o maior lucro possível, pois a definição de preços é mais completa do que isso.

Por fim, a precificação também é importante para a atribuição de valor sobre os seus produtos. Ou seja, o preço também influencia na maneira como o seu produto é percebido pelos clientes. Dessa forma, praticar preços muito abaixo do mercado também não é interessante, tanto pelo aspecto prático e financeiro, como pela percepção de valor dos clientes, que pode ser baixa nestes casos.

Os 4 Ps do marketing

Não é à toa que o fator “preço” é um dos 4 Ps do marketing. Todos eles (preço, praça, produto e promoção) estão interligados, sendo que um pode influenciar o outro.

Dessa forma, além de precificar corretamente (preço), um negócio também deve trabalhar com canais efetivos de vendas (praça), ressaltar os benefícios para o cliente (produto) e, claro, ter estratégias de marketing efetivas (promoção).

Tendo tudo isso em vista, podemos partir para as estratégias de precificação.

Como definir o preço dos produtos da sua loja em 5 passos

No mundo dos negócios, não basta apenas vender muito. Você pode dobrar ou triplicar o número de vendas e até mesmo o faturamento, mas se não precificar corretamente, o negócio terá dificuldades em se manter sustentável. De acordo com dados do Sebrae, é justamente a falta de controle financeiro que leva as empresas à falência.

Dessa forma, garantir uma precificação correta aos seus produtos é crucial e você pode fazê-la com esses 5 passos.

1. Descubra quanto você paga por unidade

Empresas varejistas costumam comprar em grandes quantidades de seus fornecedores. Por outro lado, elas vendem esses produtos em unidade ao cliente final. Por isso, para iniciar a precificação, tenha em mãos o valor que paga por cada unidade.

Esse é um cálculo bastante simples para começar e que vai estabelecer o valor de cada item. Caso sua empresa produza os produtos que vende, devem ser calculados o valor dos insumos nesta etapa, ainda sem os custos que serão calculados nos próximos passos.

Portanto, se a sua empresa compra um lote com 100 unidades que custa 2.000 reais, dividindo, você verá que cada unidade sai por R$20. Guarde esse número para os próximos passos.

2. Calcule suas despesas

Com o valor unitário em mãos, chegou a hora de observar as despesas totais da empresa. Nessa etapa, é crucial dividir entre gastos fixos e variáveis. Entenda:

  • Custos fixos: são despesas que devem ser pagas todos os meses, independente do volume de produção e vendas. São elas o aluguel, folha de pagamento, impostos, valor de assinatura de sistemas, pacote de internet, entre outros que são fixos;
  • Custos variáveis: já as despesas variáveis, como o nome indica, são aquelas que variam de acordo com o volume das vendas. São despesas variáveis as contas de água e energia elétrica, taxa de emissão de boleto e outros.

Vale lembrar que todas as despesas devem ser pagas com as vendas dos produtos. Para isso, é preciso estimar um preço final, considerando o valor de produção/compra da unidade, juntamente com os gastos diluídos e o seu lucro. Conhecer o valor das suas despesas também ajuda a dar descontos sustentáveis aos clientes, de maneira estratégica, como em caso de estoque lotado.

3. É importante estabelecer e respeitar uma margem de lucro

A margem de lucro é algo que varia de acordo com os objetivos de cada negócio. Em alguns casos, quem está começando, prefere apenas manter seu negócio por um período. Em outros, é possível estabelecer lucros de 25%, 30%, 100% e outros, de acordo com as estratégias da empresa. Mude sua margem de lucro apenas quando mudar seus objetivos.

4. Markup ou margem de lucro?

markup é essencial para saber o preço mínimo que um produto pode ter e, assim, conseguir elaborar promoções de maneira efetiva, como já dissemos no tópico acima.

Já a margem de lucro é o preço final, descontando todos os custos envolvidos no processo. Nos posts que marcamos aqui você pode entender mais sobre cada um dos dois processos e se organizar melhor para calcular seu preço final.

5. Mantenha-se atualizado em relação ao mercado

O mercado jamais deve ser o único fator que orienta a precificação, já que seus concorrentes podem ter condições diferentes das suas em relação aos valores que paga aos fornecedores, tecnologias envolvidas no processo, entre outros diferenciais.

No entanto, é fundamental conhecer os valores praticados pelos concorrentes. Afinal, se você vende o mesmo produto por um preço superior, corre o risco de acabar com um estoque superlotado. Por outro lado, preços inferiores não são sustentáveis e geram desconfiança do cliente. Vale a pena consultar tabelas de preços na internet para se orientar.

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